O grupo de cultura popular Urucungos e o grupo Maracatucá, de Campinas, vão realizar um desfile em conjunto no domingo de Carnaval, 2 de março. A concentração vai ser na Casinha de Força do VLT, na Vila Teixeira, e seguirá pelo entorno para celebrar com os artistas, articuladores, ativistas parceiros e colaboradores e comunidade em geral que participaram da revitalização desse novo espaço do Urucungos.
O objetivo dos blocos é unificar, neste Carnaval, o Maracatu Nação, uma rica expressão da cultura afro brasileira e um dos grandes expoentes dos blocos carnavalescos de Pernambuco.
Mais sobre o Urucungos e o Maracatucá
Fundado em 1988, o forte do Maracatu do Urucungos é a corte, com reis e rainhas, princesas, dama da boneca, das flores, do paço, feiticeiros, vassalos e baianas, que simboliza uma dinastia do Congo na diáspora brasileira e que tem como madrinha a artista plástica e folclorista Raquel Trindade, filha do Poeta Solano Trindade, que batizou o grupo como Urucungos (berimbau), Puitas (cuíca) e Quijengues (atabaque) e que tem como missão “pesquisar na fonte e devolver ao povo em forma de arte”.
Já o Maracatucá é formado desde 2008 e, em sua maior parte, é composto por estudantes e profissionais de diversas áreas que mesclam os saberes acadêmicos com os da vivência da cultura popular. Pesquisam o maracatu como arte sem esquecer seu entorno social, histórico e religioso, além de sua origem e sobrevivência como afirmação de nossas matrizes culturais tanto lusa, quando indígena, mas principalmente africana. Atualmente, o trabalho do grupo tem como base a Nação do Maracatu Porto Rico e a Nação do Maracatu Encanto do Pina, nas quais integrantes do grupo já tocaram e mantêm contato com os respectivos mestres.
O Maracatu, além de ser uma manifestação profana de Carnaval, tem sua essência diretamente ligada aos rituais africanos. No plano performático, a corte abre alas para a coroação do Rei e da Rainha, onde são cobertos por um grande pálio encimado por uma esfera ou uma lua, transportado por um vassalo, que o gira entre suas mãos, lembrando o movimento da Terra.
Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo, meninos lanceiros e a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro. A orquestra do Maracatu Nação, o qual é chamada de “Baque Virado”, é composta por instrumentos de percussão: alfaias, caixas, xequerês, ganzás e gonguê, que compõem esse vibrante ritmo afro brasileiro junto à loas de exaltação ao Rei e à Rainha.
Desfile dos blocos Urucungos e Maracatucá
Local: Casinha de Força do VLT. Rua Salvador Lombardi Neto, Vila Teixeira – Campinas
Data: 2 de março
Horário: 14h (concentração)
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