Após ter sido exibido no Festival Internacional de Leeds, na Inglaterra, em novembro de 2017, o documentário “A Mulher da Casa do Arco-Íris” terá sua estreia nacional em Campinas neste sábado (24). Dirigido por Gilberto Alexandre Sobrinho e com co-direção de Grácia Navarro, ambos professores do Instituto de Artes da Unicamp, o curta-metragem conta de maneira poética a história da Mãe Dango, sacerdotisa que rege a Casa do Arco-Íris, do Candomblé Angola, em Hortolândia, na Região Metropolitana de Campinas. A sessão será no Instituto CPFL como parte da programação do 14º Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas, às 19h. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes do início da sessão.
Há 30 anos, em parceria com a Mãe Corajacy, a protagonista do documentário realiza a Lavagem das Escadarias da Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Campinas, além de ser uma líder comunitária e ícone da resistência negra na RMC. O filme encerra uma trilogia iniciada com o lançamento do documentário “Diário de Exus” (2015) e seguido de “A Dança da Amizade. Histórias de Urucungos, Puítas e Quijengues” (2016). Nos três filmes, o diretor busca construir narrativas que se reportam à herança cultural da comunidade negra em Campinas e região.
Para Gilberto abordar a cultura negra é revelar a cidade. “Campinas é, em sua superfície, marcada pela herança eurocêntrica, no entanto, é uma cidade que nutre forte tradição de extratos culturais ligados aos negros que aqui também chegaram para trabalhar”, afirma o diretor.
A trilogia costura passado e presente, destacando o tema da identidade negra, justamente para evidenciar a força da cultura e da arte diretamente relacionada às comunidades afro-campineiras. São realizações premiadas, que contaram com aporte do Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão, da Unicamp, do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC e, esse último, venceu o disputado Prêmio Estímulo ao Curta-metragem, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Os filmes têm sido exibidos em festivais em todo o território nacional e o mais recente foi selecionado para ser exibido na Inglaterra, em Leeds, em novembro de 2017. Na ocasião, o documentário causou forte comoção na plateia. “O filme causou impacto por mostrar o transe de uma maneira poética”, explica o diretor.
Antes da exibição de “A Mulher da Casa do Arco-Íris” haverá, ainda, exibição de outros dois curtas: “Saudade – vídeo-cartas para Cuba” (2005), de Júlio Matos e Coraci Ruiz, e “Acontecências” (2007), de Hidalgo Romero e Alice Villela, ambos do Laboratório CISCO, produtora de Campinas responsável pela produção do curta e que completa 15 anos de existência em 2018.
Lançamento nacional “A Mulher da Casa do Arco-Íris”
Local: Instituto CPFL Cultura. Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera – Campinas
Data: 24 de fevereiro
Horário: 19h
Entrada: gratuita – retirada dos ingressos 30 minutos antes no local
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