Apresentar um panorama diversificado da produção artística em dança é a proposta da Bienal Sesc de Dança, que chega pela primeira vez a Campinas. Com realização do Sesc São Paulo, o festival será realizado de 17 a 27 de setembro com o desafio de contribuir para a troca e a circulação de ideias e obras junto a novas audiências, e fortalecer as relações com artistas, produtores e público da cidade e região. Além do Sesc, a programação será realizada em diversos espaços de Campinas, como teatro Castro Mendes, Estação Cultura, praças, Rodoviária, entre outros.
Com 31 espetáculos, cinco intervenções, duas instalações e uma grade de ações formativas (mesas, debates, oficinas, aulas, residências e blog), o evento traz para Campinas grandes nomes da dança. Entre as montagens internacionais destaque para a francesa “Tragédia”, de Olivier Dubois, um dos coreógrafos de destaque na cena de dança contemporânea atual, que abre a mostra (foto à esq. – dias 17 e 18/09, 21h30). O espetáculo reúne 18 bailarinos – nove mulheres e nove homens – totalmente nus em cena. Com a coreografia, que estreou em 2012 no Festival de Avignon e já percorreu toda a Europa, Dubois se apresenta pela primeira vez com uma companhia reunida por ele. “Tragédia” tem como foco a anatomia do corpo humano, tanto literal quanto figurativamente, com o objetivo de mostrar a exploração da condição humana. A classificação etária para o espetáculo é 18 anos.
Entre os internacionais, destaque também para “A Partir de uma História Verdadeira”, de Christian Rizzo, além de “Futuros Primitivos”, do argentino Luis Garay, e “Fall”, do português Victor Hugo Pontes.
Duas apostas da Bienal Sesc de Dança, os espetáculos “Multitude”, da uruguaia Tamara Cubas, e “Corpos em Espaços Urbanos”, da austríaca Cia Willi Dorner, terão em suas apresentações elenco local com performers e bailarinos brasileiros, por meio de residências artísticas.
Entre os brasileiros, ênfase para as estreias de “Blink mini-uníssono intenso-lamúrio”, novo trabalho da bailarina Michelle Moura, e “Estado Imediato”, nova coreografia do Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira. O bailarino Wagner Schwartz mostra quatro trabalhos – “Piranha”, “Transobjeto”, “Mal Secreto” e “La Bête” – na Ocupação Wagner Schwartz; enquanto Ricardo Marinelli, Gustavo Bittencourt e Erivelto Viana apresentam a “Mostra Performática Bizarra”. Outros destaques são “Homem Torto”, de Eduardo Fukushima, e os premiados “Tira Meu Fôlego”, de Elisa Ohtake (melhor espetáculo de dança pela APCA 2014), e “Biomashup”, de Cristian Duarte (melhor pesquisa em dança pela APCA 2014).
A programação contempla também o público infantil, com as apresentações dos espetáculos “Ninhos – Performance para Grandes Pequenos”, da Balangandança Cia., “Para Todos os Seguintes”, da Key & Zetta Cia e “Varal de Nuvens”, do Grupo Lagartixa na Janela.
A Bienal propõe a ocupação de diversos espaços do Sesc Campinas, além de equipamentos culturais da cidade e espaços públicos como o Teatro Municipal Castro Mendes, a Estação Cultura, o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS Guanabara) e o Museu da Imagem e do Som (MIS). O foco é fortalecer as parcerias entre a unidade, instituições, órgãos públicos e privados de Campinas.
A instalação “Framing Body”, de Cynthia Domenico, é uma das atrações que ocupará estes espaços na cidade. A obra interativa convida o público, passantes do Terminal Rodoviário de Campinas, a participar da criação coletiva de uma videodança – modalidade artística resultante da interferência tecnológica na prática da dança – e sua trilha sonora, que será transmitida no edifício em tempo real.
Mais sobre a Bienal
Criada em 1998, a Bienal Sesc de Dança se consagrou na cidade de Santos. Com 35 unidades espalhadas pelo Estado de São Paulo, o Sesc acredita que a mudança para Campinas deve-se à importância da cidade, que é a terceira mais populosa do Estado, além de ser de fácil acesso com rodovias e um aeroporto internacional e perto de outros municípios importantes.
Assim como nas últimas duas edições, a Bienal não terá um tema pré-definido, mas pretende construir narrativas e sentidos curatoriais a partir das ações selecionadas via convite e da convocatória pública de obras, que contou com 550 inscrições de trabalhos nacionais e internacionais.
A edição 2015 privilegiou na grade de programação montagens que dialogassem com os espaços da cidade de Campinas, além de obras com trabalhos de pesquisa. Mesmo não tendo um tema pré-definido, muitas das obras presentes trazem à cena reflexões sobre identidade, novas sexualidades e gênero. Questões sociais e políticas contemporâneas também são temas e recorrentes nos espetáculos. Em Campinas existe uma produção consistente e relevante em dança e a ideia é potencializar essa produção deflagrando reflexões e desdobramentos.
Bienal Sesc de Dança
Local: Sesc Campinas. Rua Dom José I, 270/333, Bonfim – Campinas (19) 3737-1500
Data: 17 a 27 de setembro
Ingressos: alguns espetáculos são gratuitos e outros pagos, com preços entre R$ 5 e R$ 30
Vendas: em todas as unidades do Sesc do Estado de São Paulo e no Portal (sescsp.org.br). Os ingressos online estarão à venda, enquanto houver disponibilidade, até duas horas antes do início do espetáculo. Os infantis terão venda apenas nas bilheterias das unidades do Sesc. Nestas apresentações, crianças com até 12 anos não pagam ingressos.
Atividades apresentadas ao ar livre poderão ser alteradas ou canceladas em caso de variações climáticas que prejudiquem a execução.
Fotos: Christophe Raynaud de Lage, José Caldeira, João Caldas (divulgação)
Fonte: assessoria de imprensa
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