Você conhece alguma pessoa que tenha a Síndrome de Hardy? Nunca ouviu falar nessa doença? Na verdade, ela não está catalogada na Organização Mundial de Saúde, mas já poderia. Acredito que com um aprofundamento dos estudos, chegue-se à conclusão de que é passível até de tratamento médico, provavelmente psiquiátrico.
Hardy é o nome daquela “simpática” hiena, personagem de um antigo desenho animado, parceira do Leão Lippy, que vivia em lamúrios e previsões pessimistas sobre tudo que lhe rodeava. Agora você já consegue se lembrar de alguém assim? Tenho certeza que sua resposta foi positiva.
Para algumas pessoas que conheço, se você disser que está sol, elas vão dizer que o calor será insuportável; se disser que está chovendo, elas dirão que dia chuvoso é péssimo. Frio, então, nem pensar! Para essas pessoas não existem boas intenções, elas sempre desconfiarão de algum interesse por trás da bondade ou competência de alguém. Se lhes der um presente, vão dizer imediatamente que você tem algum interesse naquele gesto. Se elogiar alguém, certamente virá o comentário de que ela ficou sabendo que essa pessoa é isso ou aquilo, sempre denegrindo tudo e todos. É gente que não vê nada de bom em ninguém. A Síndrome de Hardy foi uma idéia que emprestei do Hélio, um amigo, que costuma utilizá-la muito bem como exemplo negativo, pra motivar suas equipes de trabalho, aliás, um ambiente infestado deste mal.
Como diria outro grande amigo e guru, Padre Nadai, você pode ter o olhar do besouro ou da borboleta. O besouro procura o fétido em tudo, enquanto a borboleta tem atração pela luz. Isso é estado de espírito, uma questão de opção. Escolher dar um voto de confiança antes de atacar ou criticar uma pessoa tem o mesmo preço, dá o mesmo trabalho, e se desacreditarmos totalmente do ser humano, o mundo perde seu sentido.
O pessimismo hardiano pode ser contagioso. Devemos evitar absorver as informações ruins e fixarmos uma primeira má impressão sobre aquilo ou aqueles que foram malditos, e, sim, aumentar nossa resistência a esse tipo de mal. Vamos identificar também o lado bom das pessoas, a essência que podemos potencializar nelas com nossa troca de energia, com admiração e respeito, senão estaremos amplificando os decibéis da sordidez humana, e não nascemos hienas, homens é o que somos.
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